"Um belo dia, desisti de tentar entender o mundo e me aceitar como sou. Se os outros aceitam e pedem mais, porque vou ficar criando caso? Os únicos casos que eu crio agora são exatamente esses que vocês estão pensando..."

domingo, 21 de setembro de 2008

Muitas mulheres anulam-se diante do que os outros vão pensar. Ou dizer. Ceifam suas vontades assim que elas brotam dos poros. Ajustam-se a regras sociais que não têm nada a ver com elas. Entregam seus risos soltos e gemidos altos em troca de recato e reconhecimento. E elas mesmas se reconhecem? Desfiguram-se. Transformam-se em selvagens domesticadas, espectros sem vida. Porque não lhes é permitida a exuberância do corpo, a desenvoltura do rebolado, a palavra sem julgamento, a livre expressão do orgasmo. É proibido serem o que são, cavalgarem os próprios instintos. Andam feito cavalos urbanos, atreladas a arreios e tapa-olhos, infelizes e com visão limitada, a carregar o fardo da existência. Muitas nem sabem que gostam do mesmo sexo porque nunca lhes foi dada a remota chance de experimentarem. Por que sexo ainda é um tabu?

É preciso desatar os nós que nos prendem a conceitos e preconceitos. Esticar a corda e, mesmo bamba, andar por ela. É o treino que nos leva à perfeição. O treino é a pergunta: "quem sou eu?". A perfeição é a resposta. É preciso assumir-se e às próprias preferências. Vamos lá, resgate seus instintos, exerça sua libido, faça o que der na telha. Dê muito e para quem você quiser. Sim, você pode. Você é dona do próprio corpo, dos próprios desejos, pensamentos e ações. "Nada causa mais horror à ordem do que mulheres que lutam e sonham", já disse o revolucionário cubano José Marti. Pois lute e sonhe. Não desista jamais de libertar a si mesma. Algemas, meu bem, só na cama.
Palavras da musa Verônica Volúpia.
Ninguém poderia dizer melhor...

Um comentário:

Anônimo disse...
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